terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

Jornal de JANEIRO

Reflexões

Eu e a dança






A dança para mim é uma terapia porque quando estou chateada com alguma coisa que se passa na minha vida tipo “ problemas pessoais e familiares”, quando sinto-me muito confusa com os meus pensamentos é por isso que danço, libertando da raiva e do aperto no coração. E quando me sinto mais calma já me sinto completamente outra já começo a dançar como se tivesse num outro mundo não sei bem explicar é como se tivesse voando olhando para o espelho e vendo-me a min própria a fazer coisas que fico cada vez mais orgulhosa de mim com o progresso na minha vida ao longo do tempo. É por isso que amo a dança.
É a melhor coisa que tenho para me acalmar e tirar tudo o que sinto para fora.





Reflexão de uma recaída




Eu estava há quase 4 meses limpo quando tive uma recaída. o porquê dessa recaída?
Foi ter continuado a frequentar os mesmos sítios continuar com certos amigos, e alguns dos problemas do passado que mais uma vez me afetaram.  Apesar de nao resolver nada fiquei arrependido porque pessoas que já estavam as começar a confiar mais em mim novamente perderam a confiança.
A minha reflexão após essa recaída fez-me ver que não preciso disso para me divertir ao máximo, nem para ser feliz, muito pelo contrário. Essa recaída só me fez voltar ao início em tudo, mas agora estou com forças para continuar o meu tratamento e fazer de tudo para que isso tenha sido apenas uma má fase da minha vida. Agora mais do que nunca vou evitar sítios onde tenha drogas e evitar certos amigos porque é o melhor nesta fase. Mas agora sei que cabe a mim escolher o meu caminho e o meu caminho é estar o mais longe possível das drogas.






Entrevista “Casos de sucesso”



 35 anos/ Masculino
Sem drogas desde Dezembro de 2007

1)  O que o levou a tocar em estupefacientes?
- Amigos.

2) Quanto tempo esteve em consumos?
- Quase sete anos.

3) Que consequência teve durante o tratamento?
- Perdi a confiança da família e dos amigos, perdi o trabalho, perdi o amor-próprio, perdi muita coisa.

4) Em que sítio fez o tratamento e o que o levou a sair dos consumos?
- Cheguei ao limite, ao fundo do poço, já não tinha forças para continuar, estava cansado. O tratamento foi feito na Associação Alternativa.

5) Que incentivos teve durante o tratamento?
-Muito apoio dos meus familiares e amigos e muito apoio de toda a equipa da Alternativa.

6) Quais foram as principais mudanças após o tratamento?
-Amor próprio, coragem para assumir quem realmente sou, novo trabalho, casa própria, novos amigos e descobri o teatro que é a minha verdadeira paixão.

Voltei a ser feliz!




Reunião inter-ajuda

    Peça de teatro "Todo o Mundo e Ninguém"

O que eu pude entender da minha personagem”Ninguém” da peça de teatro Todo o Mundo e Ninguém, que a personagem Ninguém é uma pessoa muito certinha e que  queria a paz em todo o mundo e também queria que as pessoas tivessem consciência dos seus atos









Atelier/Ocupações


Atelier carpintaria



Uma das atividades que temos aqui na alternativa é a carpintaria, recuperação de móveis antigos e a reciclagem dos mesmos.
No dia 16 de janeiro começamos a limpar e a organizar os espaços que usamos para recuperar os móveis para termos melhor aproveitamento e espaço para concluirmos os nossos projetos. Fizemos também um inventário do material e dos móveis a recuperar. Depois de selecionado os projetos e os materiais que iam ser preciso, começamos a lixar a madeira para depois montar e pintar, também estivemos a cortar tecidos e a coser na maquina de costura para fazer forros para assentos de cadeiras e cadeirões. Eu acho que este trabalho é extremamente gratificante porque recuperamos móveis antigos que tinham pouca utilidade e damos uma vida nova e um novo dono. Acho também importante esta iniciativa porque aprendemos a trabalhar com diferentes tipos de material e ferramentas. Também é uma maneira de sermos úteis fazendo algo que é bom para o meio ambiente porque é uma maneira de reutilizar madeiras e materiais e aprendemos várias técnicas de construção, recuperação e reciclagem.






Atelier da Horta







Limpamos o quintal todo, plantamos couvinha, semeamos alhos.
À volta da couve mete-se pó de café. (por causa do caracol)
Para que serve o pó de café??
A borra de café é uma excelente fonte de nitrogénio (azoto) e pode ser utilizada directamente em volta das plantas, principalmente vegetais de crescimento rápido. Também se pode misturar na terra dos canteiros ou dos vasos novos. Para conseguirmos um líquido fertilizante, basta diluir umas 100-150 gramas de borra em dez litros de água. Em alternativa, pode-se compostar, o que vai adicionar nitrogénio à pilha.
Como se não bastasse, certas pragas não gostam de café (cafeína para ser exacto), entre elas os caracóis e lesmas. Uma solução muito concentrada de cafeína — 1 a 2%, mata 60% ou 95% dos caracóis e lesmas respectivamente (um café expresso tem cerca de 0,1% de cafeína). A borra não mata, mas actua como repelente.
A borra de café é bastante ácida, pode ter que contrariar esta questão, por exemplo com cinza, folhas ou serrim.
Na Alternativa usamos pó de café como fertilizante. Ora não fossemos Alternativos! :)


 Limpeza das praias



A limpeza das praias é importante para a natureza porque para além de se tratar do meio ambiente. Ainda é muito importante sensibilizar as pessoas a não atirarem lixo ao mar .
Quero que saibam que no meio do oceano pacífico formaram-se 2 ilhas só de lixo de plástico e as 2 juntas têm o dobro do tamanho dos Estados Unidos da América

Esta atividade é muito boa para o meio ambiente, como para nós também. Estamos ocupados a limpar a nossa ilha e é bom para ocupar a cabeça. Para além da limpeza e dependendo do tempo damos um mergulho. Este més já demos o nosso primeiro mergulho do ano.











Atelier de cozinha
Receita do mês


Arroz à valenciana



1 kg de carne para cozer ou guizar (8 a 10
1/2 kg de arroz
1/2 saco de macedônia (pimentão,ervilha,cenoura,)
1 cebola ,2 dentes de alho
Hortelã , sal ,pimenta da terra.
1/2 chouriço
Pimenta da Jamaica ( 3 bolinhas )
Preparação
Coze-se a carne com alho, cebola , pimenta da terra ,sal, hortelã e o chouriço, na panela de pressão durante 45 a 50 minutos, depois de cozer, retira se a carne (se for um bocado de carne inteiro parta aos bocadinhos ) junta se num tacho à parte o chouriço picado a macedônia e o caldo de cozer a carne ( 4 x a quantidade de arroz ) mexe se de vez em quando ,prova se, certifica-se o sal, e assim que o arroz tiver cozido está pronto .


Actividades


CINEMA /Cineplace

Experiência 3D




No dia 23 de janeiro a associação nos propôs uma ida ao cinema que foi recebida com muito entusiasmo, também ficou ao nosso critério a escolha do filme e é óbvio que escolhemos um filme de ação, Triplo X o retorno de Xander Cage. A saída foi feita no horário da residência, saímos da associação por volta das 18h depois de jantarmos e fizemos uma caminhada até ao parque atlântico. Depois dos bilhetes de cinema comprados fomos tomar café à paparoca e a boa disposição era geral, estávamos todos entusiasmados para ver o novo filme do Triplo X. O filme foi brutal, explosões e pancadaria por todo o lado, ainda por cima vimos o filme em 3D o que nos proporcionou uma experiência muito mais emocionante. A parte mais divertida do filme nem foi do filme em si mas sim da nossa monitora ter visto metade do filme com os óculos de 3D estragado e ter pensado que o problema era dos olhos dela lol, depois do intervalo do filme ela lá trocou os óculos e assim que experimentou os óculos novos e começou a ver o filme em 3D disse “uau, isso do 3D é mesmo espetacular :D” as gargalhadas foram inevitáveis. Quando o filme acabou, por volta das 21h viemos para a residência e ai se conclui uma tarde muito bem passada e extremamente divertida! Obrigado Alternativa :D


“Gente como Eu”

Apresentaçao do libro no Teatro Micaelense





No dia 16 de janeiro fomos convidados a ir à apresentação do livro “Gente como Eu” no teatro Micaelense, o livro trata dum assunto muito presente na sociedade açoriana, os sem-abrigo. O livro “Gente como Eu” é da autoria do fotógrafo Carlos Olyveira, e é um projeto sobre as pessoas sem-abrigo e teve o apoio do Rotary Club, com textos do músico Zé Pedro e do sociólogo da Associação Novo Dia, Paulo Fontes. O objetivo do livro foi ajudar a sensibilizar a comunidade e a não deixar que a indiferença ganhe. Foi um evento que como grupo gostamos muito de fazer parte e tanto a apresentação do livro como a mensagem nele retratado foi assunto de conversa entre nós na residência.



















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