quarta-feira, 15 de junho de 2016

Jornal Alternativa nº18 - Origens e celebrações do Carnaval pelo Mundo

O que é e como é celebrado o Carnaval no mundo?

        Este artigo visa clarificar o Carnaval desde o século VI D.C até aos dias de hoje.
       Durante o séc. VI D.C, o Papa Gregório I, criador do calendário cristão, incorporou o Carnaval neste calendário.
       Na Europa o primeiro registo de uma festa de Carnaval foi o baile dos ardentes, em 28 de Janeiro de 1393 em Paris. Neste baile, Carlos VI de França esteve presente numa dança com cinco membros da nobreza. Durante o baile quatro convidados foram mortos num incêndio causado por uma tocha trazida por um espectador.
       Já no séc. XV, o Papa Paulo II, criou as mascaras do Carnaval veneziano (Arlequim e Brighella). Hoje em dia estas máscaras ainda estão associadas ao Carnaval.
Máscaras Venezianas
      No séc. XVI em Veneza, o Carnaval conheceu grande disseminação, onde a nobreza se disfarçava para sair e misturar-se com o povo. As máscaras são a característica mais importante desta celebração. Durante três séculos (XV, XVI e XVII), os bailes conquistaram as cortes europeias e no inicio do séc. XVII começaram a ser abolidos devido a abusos.  A festa tinha a duração de dez dias, durante as noites realizavam-se bailes em salões e as companhias conhecidas como Compagnie Della Calza desfilavam pela cidade, os trajes são característicos do século XVIII.
     No mesmo séc. (XVII), na Alemanha (Nuremberga), dava-se uma procissão de um único carro alegórico (chamado hölle). Em Portugal e na Hungria havia uma variante muito comum do Carnaval chamado Charivari.
    Já no séc. XVIII, as festividades diminuíram, mas não foram esquecidas, sendo adaptadas e revividas nos séc. XIX e XX.
    A história do Carnaval no Brasil iniciou-se na era colonial, uma das primeiras manifestações carnavalescas foi o entrudo, uma festa de origem portuguesa que, na colónia, era praticada pelos escravos.
    Os primeiros bailes tiveram lugar no Rio de Janeiro no final da década de 1830, o baile de máscaras ou Bals Masqués foram os precursores do Carnaval moderno no Brasil, onde rivalizam com o Entrudo.
       No inicio do séc. XIX surgiram os primeiros bailes de Carnaval no Brasil, com musica portuguesa (quadrilhas e “chancas”).
    Por volta de meados do séc. XIX (19), no Rio de Janeiro a prática do entrudo passou a ser criminalizada, principalmente após a uma campanha contra a manifestação popular veiculada pela imprensa.
    No final do séc. XIX deu-se a criação de cordões e ranchos e ainda no séc. XIX houve o surgimento das marchinhas de Carnaval. Na virada do séc. XIX para o séc. XX surgiram os primeiros afoxés, frevo e maracatu.
      Durante o início do séc. XX surgiu o samba (1910). As escolas de Samba, que surgiram na década de 1920, são um conjunto de cunho popular que se caracteriza pelo canto e dança quase sempre com intuito competitivo, originário na cidade do Rio de Janeiro, as escolas apresentam em espectáculos públicos, cortejos onde desenvolvem uma coreografia ao som de samba-enredo.
Desfile de Escola de Samba no Rio de Janeiro
      Já na década de 60, o Carnaval tornou-se uma grande e importante actividade económica. Mais tarde na década de 80 foi criada a famosa passe rele do samba (sambódromo).
   Contudo, existem diferentes tipos de Carnaval pelo mundo, onde comemoram de forma diferente: na Suíça, Basileia, a folia inicia-se segunda-feira, antes da quarta-feira de cinzas, as luzes apagam-se e as pessoas desfilam com lanternas.
        No Equador, a celebração do Carnaval estende-se ao longo de duas semanas. É comemorado com balões de água, flores e frutas, desfiles com carros alegóricos.
Mascote do Carnaval de Inverno no Quebeque
      O maior Carnaval de inverno do mundo é no Canadá, na cidade de Quebeque, prolongando-se durante três semanas, com concertos musicais, esculturas de neve, desfiles nocturnos e competições.
     No Japão há Asakusa Samba Carnival com grande inspiração no Carnaval brasileiro (carros alegóricos, samba cantado em português e roupas importadas do Brasil).
Desfile de Carnaval em Nice. 
      Em França, na cidade de Nice, são construídos bonecos gigantescos de papel mache e nos desfiles as flores decorativas dos carros alegóricos são atirados à multidão.
Kurent, figura carnavalesca da Eslovénia
     Na Eslovénia, o Carnaval é muito diversificado e rico, a personagem mais popular é o Kurent (que usa um disfarce monstruoso e demoníaco).
    Na República Dominicana o Carnaval é um verdadeiro espetáculo de identidade cultural que abrange muitos aspectos da sociedade dominicana, e o mais apreciado em muitas cidades são os demónios espectadores que perseguem as pessoas que se aventuram no seu caminho.
    Na Colômbia, em Bogotá, acontecem vários eventos: danças, ritmos folclóricos (cúmbia, pito, gaita e salsa). 
     A celebração do Carnaval foi considerada pela Unesco como “ Obra Mestre Do Património Oral e Intangível da Humanidade”, tem o clímax com a batalha das flores.
Carnaval de Veneza em Itália
Em Itália, na cidade de Veneza, a tradição carnavalesca do século XVI, é revivida através de bailes de máscaras em palácios antiquíssimos, concertos, danças e desfiles.
       Por último, no Haiti são organizadas marchas populares com temáticas de intervenção social através de músicas e canções satíricas.


Artigo composto por:

-J.F
-RickyDead
-O Oliveira.
-E.C
-D.A
-S,P
                                                                                                                                                04-04-2016

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