Este artigo
tem como objectivo explicar origem da pascoa, quer cristã, quer pagã.
Muitas
tradições associadas ao período pascal originam-se dos festivais pagãos da primavera. A festa tradicional relaciona a
imagem do coelho, um símbolo de fertilidade, e ovos pintados com cores
brilhantes, representando a luz solar, dados como presentes.
Os ovos de Páscoa
pintados (as pinturas podem ser abstractas) representam a fertilidade das
deusas lunares. Em grande parte dos países ainda é um costume comum, embora que
em outros, os ovos tenham sido substituídos por ovos de chocolate. Este costume não é citado na Bíblia. Esta prática é uma alusão a
antigos rituais pagãos de
tributo a Ishtar ou Astarte (deusa
da fertilidade e do renascimento na mitologia anglo-saxã,
na mitologia nórdica e mitologia germânica). Outros elementos destas
festividades incluem lebres e runas (vikings).
De facto, para entender o
significado da Páscoa cristã actual,
é necessário recuar para a Idade Média e recordar os antigos povos pagãos
europeus que, nesta época do ano, homenageavam Ostera, ou Esther
(daí o termo Easter em inglês para Páscoa).
Ostera (ou Ostara) é a deusa da Primavera, esta segura um ovo na mão e observa
um coelho, símbolo da fertilidade, pulando alegremente em redor de seus pés
nus. Os antigos povos nórdicos comemoravam o festival de Eostre no dia 30 de
Março. Eostre ou Ostera (no alemão mais antigo) significa “a Deusa da Aurora”
(ou a Deusa romana, Vênus), esta alcunha está relacionada directamente ao
solstício da Primavera Aos cultos pagãos que deram origem a Páscoa, dá-se o
nome de Ostara.
Outros ritos vêm da celebração do Pessach, ou Passover, a Páscoa judaica, uma das mais importantes celebrações do calendário judaico, comemorada durante 8 dias. Nesta festa homenageia-se o êxodo dos israelitas do Egipto, da escravidão e a sua liberdade.
Outros ritos vêm da celebração do Pessach, ou Passover, a Páscoa judaica, uma das mais importantes celebrações do calendário judaico, comemorada durante 8 dias. Nesta festa homenageia-se o êxodo dos israelitas do Egipto, da escravidão e a sua liberdade.
Posteriormente (Conselho de Nicósia) a igreja católica acabou por substituir as festividades pagãs de Ostara pela Páscoa, não sem assimilar e aculturar muitos de seus
costumes, inclusive os ovos e o coelhinho da Páscoa. Eostre estava relacionada
à aurora e posteriormente associada à luz crescente da primavera, momento em
que trazia alegria e bênçãos a Terra.
Ostara |
Por ser uma deusa um tanto obscura, muito do que se sabia sobre ela foi
perdido através dos tempos. Sendo assim, descrições, mitos e informações sobre
ela são escassos.
A Ostera associam-se várias formas de Frigg (deusa indo-européia – esposa de
Odin), ou que seu
nome seria um epíteto para representar Frigg em seu aspecto
jovem e primaveril. Outros pesquisadores a associam à Astarte (deusa
Fenícia) e Ishtar
(deusa Babilónica), devido às similaridades em seus respectivos festivais da
primavera.
Dizem as lendas que Ostara tinha uma especial afeição por crianças. Onde
quer que ela fosse, elas seguiam.na e a deusa adorava cantar e entretê-las com
sua magia.Um dia, Eostre estava sentada em um jardim com suas tão amadas crianças,
quando um amável pássaro voou sobre elas e pousou na mão da deusa. Ao dizer
algumas palavras mágicas, o pássaro se transformou no animal favorito de
Eostre, uma lebre. Isto maravilhou as crianças. Com o passar dos meses, elas
repararam que a lebre não estava feliz com a transformação, porque não mais
podia cantar nem voar.
As crianças pediram a Ostara que revertesse o encantamento. Ela tentou de
todas as formas, mas não conseguiu desfazer o encanto. A magia já estava feita
e nada poderia revertê-la. Ostara decidiu esperar até que o inverno passasse,
pois nesta época seu poder diminuía. Quando a Primavera retornasse e
ela fosse de novo restituída plenamente dos seus poderes, daria alegria à lebre, transformando-a novamente em pássaro, nem
que fosse por alguns momentos.
A lebre assim permaneceu até que então a Primavera
chegou. Nessa época os poderes de Ostara estavam em seu apogeu e ela pôde
transformar a lebre em um pássaro novamente, durante algum tempo. Agradecido, o
pássaro botou ovos em homenagem a Eostre. Em celebração à sua liberdade e às
crianças, que tinham pedido a Eostre que lhe concedesse sua forma original, o
pássaro, transformado em lebre novamente, pintou os ovos e os distribuiu pelo
mundo.
Para lembrar às pessoas de seu ato tolo de interferir no livre-arbítrio de
alguém, Ostara entalhou a figura de uma lebre na lua que pode ser vista até
hoje por nós. Eostre assumiu vários nomes diferentes como Eostra, Eostrae, Eastre, Estre e Austra. É
considerada a deusa da Fertilidade plena e da luz crescente da Primavera. A representação de Eostre no simbolismo assumem as formas de lebre, o coelho e os ovos, todos representando a
fertilidade e o início de uma nova vida.
A lebre é muito conhecida por seu poder gerador e o ovo sempre esteve
associado ao começo da vida. Não são poucos os mitos que nos falam do ovo
primordial, que teria sido chocado pela luz do Sol, dando assim vida a tudo o
que existe.Eostre também é uma deusa da pureza, da juventude e da beleza. Era comum na
época da Primavera recolher o orvalho para banhar-se ritualisticamente.
Acreditava-se que orvalho colhido nessa época estava impregnado com as energias
de purificação e juventude de Eostre, e por isso tinha a virtude de purificar e
rejuvenescer.
"A Última Ceia" de Leonardo Da Vinci |
No cristianismo a Páscoa ou Domingo da Ressureição, é uma
festividade religiosa e um feriado que celebra a ressurreição de Jesus ocorrida
três dias depois da sua crucificação no Calvário, conforme relata no Novo
Testamento. A principal celebração do ano litúrgico cristã e também a mais
antiga importante festa cristã. A data da Páscoa determina todas as demais
datas das festas móveis cristãos, excepto as relacionadas ao Advento. O Domingo
de Páscoa marca o ápice da paixão de Cristo, é precedido pela quaresma num
período de quarenta dias de jejum, orações e penitências. A última semana da
quaresma, é chamada de semana santa, que contem o chamado Tríduo Pascal,
incluindo a quinta-feira santa que comemora a última ceia e a cerimónia do
lava-pés, que precedeu e também a sexta-feira santa, que relembra a
crucificação e morte de Jesus, neste dia normalmente na religião cristã não se
come carne.
"A Ascenção de Cristo" de Salvador Dali. |
A Páscoa é uma festa móvel, o que significa que a data não é
fixa em relação ao calendário civil. Os costumes pascais variam bastante entre
os cristãos do mundo inteiro e incluem missas matinais, a troca de cumprimento
pascal e de ovos da páscoa, que era, originalmente, um símbolo do túmulo de Cristo
vazio.
Muitos outros costumes passaram a ser associados á páscoa e são praticados por
cristãos e não-cristãos, como a caça aos ovos, o coelho da páscoa e a parada da
páscoa.
Artigo Composto por:
D.A
J.F
RickyDead
O Oliveira
S.P
E.C
a 13/04/16
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