sexta-feira, 17 de junho de 2016

Jornal Alternativo Nº18 - A Páscoa.


Este artigo tem como objectivo explicar origem da pascoa, quer cristã, quer pagã. 
   Muitas tradições associadas ao período pascal originam-se dos festivais pagãos da primavera. A festa tradicional relaciona a imagem do coelho, um símbolo de fertilidade, e ovos pintados com cores brilhantes, representando a luz solar, dados como presentes. 
   Os ovos de Páscoa pintados (as pinturas podem ser abstractas) representam a fertilidade das deusas lunares. Em grande parte dos países ainda é um costume comum, embora que em outros, os ovos tenham sido substituídos por ovos de chocolate. Este costume não é citado na Bíblia. Esta prática é uma alusão a antigos rituais pagãos de tributo a Ishtar ou Astarte (deusa da fertilidade e do renascimento na mitologia anglo-saxã, na mitologia nórdica e mitologia germânica). Outros elementos destas festividades incluem lebres e runas (vikings). 
   De facto, para entender o significado da Páscoa cristã actual, é necessário recuar para a Idade Média e recordar os antigos povos pagãos europeus que, nesta época do ano, homenageavam Ostera, ou Esther (daí o termo Easter em inglês para Páscoa). Ostera (ou Ostara) é a deusa da Primavera, esta segura um ovo na mão e observa um coelho, símbolo da fertilidade, pulando alegremente em redor de seus pés nus. Os antigos povos nórdicos comemoravam o festival de Eostre no dia 30 de Março. Eostre ou Ostera (no alemão mais antigo) significa “a Deusa da Aurora” (ou a Deusa romana, Vênus), esta alcunha está relacionada directamente ao solstício da Primavera Aos cultos pagãos que deram origem a Páscoa, dá-se o nome de Ostara.
   Outros ritos vêm da celebração do Pessach, ou Passover, a Páscoa judaica, uma das mais importantes celebrações do calendário judaico, comemorada durante 8 dias. Nesta festa homenageia-se o êxodo dos israelitas do Egipto, da escravidão e a sua liberdade.
   Posteriormente (Conselho de Nicósia) a igreja católica acabou por substituir as festividades pagãs de Ostara pela Páscoa, não sem assimilar e aculturar muitos de seus costumes, inclusive os ovos e o coelhinho da Páscoa. Eostre estava relacionada à aurora e posteriormente associada à luz crescente da primavera, momento em que trazia alegria e bênçãos a Terra.
Ostara
    Por ser uma deusa um tanto obscura, muito do que se sabia sobre ela foi perdido através dos tempos. Sendo assim, descrições, mitos e informações sobre ela são escassos.
     A Ostera associam-se várias formas de Frigg (deusa indo-européia – esposa de Odin), ou que seu nome seria um epíteto para representar Frigg em seu aspecto jovem e primaveril. Outros pesquisadores a associam à Astarte (deusa Fenícia) e Ishtar (deusa Babilónica), devido às similaridades em seus respectivos festivais da primavera.
     Dizem as lendas que Ostara tinha uma especial afeição por crianças. Onde quer que ela fosse, elas seguiam.na e a deusa adorava cantar e entretê-las com sua magia.Um dia, Eostre estava sentada em um jardim com suas tão amadas crianças, quando um amável pássaro voou sobre elas e pousou na mão da deusa. Ao dizer algumas palavras mágicas, o pássaro se transformou no animal favorito de Eostre, uma lebre. Isto maravilhou as crianças. Com o passar dos meses, elas repararam que a lebre não estava feliz com a transformação, porque não mais podia cantar nem voar.
     As crianças pediram a Ostara que revertesse o encantamento. Ela tentou de todas as formas, mas não conseguiu desfazer o encanto. A magia já estava feita e nada poderia revertê-la. Ostara decidiu esperar até que o inverno passasse, pois nesta época seu poder diminuía. Quando a Primavera retornasse e ela fosse de novo restituída plenamente dos seus poderes, daria  alegria à lebre, transformando-a novamente em pássaro, nem que fosse por alguns momentos.
     A lebre assim permaneceu até que então a Primavera chegou. Nessa época os poderes de Ostara estavam em seu apogeu e ela pôde transformar a lebre em um pássaro novamente, durante algum tempo. Agradecido, o pássaro botou ovos em homenagem a Eostre. Em celebração à sua liberdade e às crianças, que tinham pedido a Eostre que lhe concedesse sua forma original, o pássaro, transformado em lebre novamente, pintou os ovos e os distribuiu pelo mundo.
     Para lembrar às pessoas de seu ato tolo de interferir no livre-arbítrio de alguém, Ostara entalhou a figura de uma lebre na lua que pode ser vista até hoje por nós. Eostre assumiu vários nomes diferentes como Eostra, Eostrae, Eastre, Estre e Austra. É considerada a deusa da Fertilidade plena e da luz crescente da Primavera. A representação de Eostre no simbolismo assumem as formas de lebre, o coelho e os ovos, todos representando a fertilidade e o início de uma nova vida.
     A lebre é muito conhecida por seu poder gerador e o ovo sempre esteve associado ao começo da vida. Não são poucos os mitos que nos falam do ovo primordial, que teria sido chocado pela luz do Sol, dando assim vida a tudo o que existe.Eostre também é uma deusa da pureza, da juventude e da beleza. Era comum na época da Primavera recolher o orvalho para banhar-se ritualisticamente. Acreditava-se que orvalho colhido nessa época estava impregnado com as energias de purificação e juventude de Eostre, e por isso tinha a virtude de purificar e rejuvenescer.
"A Última Ceia" de Leonardo Da Vinci
     No cristianismo a Páscoa ou Domingo da Ressureição, é uma festividade religiosa e um feriado que celebra a ressurreição de Jesus ocorrida três dias depois da sua crucificação no Calvário, conforme relata no Novo Testamento. A principal celebração do ano litúrgico cristã e também a mais antiga importante festa cristã. A data da Páscoa determina todas as demais datas das festas móveis cristãos, excepto as relacionadas ao Advento. O Domingo de Páscoa marca o ápice da paixão de Cristo, é precedido pela quaresma num período de quarenta dias de jejum, orações e penitências. A última semana da quaresma, é chamada de semana santa, que contem o chamado Tríduo Pascal, incluindo a quinta-feira santa que comemora a última ceia e a cerimónia do lava-pés, que precedeu e também a sexta-feira santa, que relembra a crucificação e morte de Jesus, neste dia normalmente na religião cristã não se come carne.
"A Ascenção de Cristo" de Salvador Dali.

      A Páscoa é uma festa móvel, o que significa que a data não é fixa em relação ao calendário civil. Os costumes pascais variam bastante entre os cristãos do mundo inteiro e incluem missas matinais, a troca de cumprimento pascal e de ovos da páscoa, que era, originalmente, um símbolo do túmulo de Cristo
vazio. Muitos outros costumes passaram a ser associados á páscoa e são praticados por cristãos e não-cristãos, como a caça aos ovos, o coelho da páscoa e a parada da páscoa. 







Artigo Composto por: 

D.A
J.F
RickyDead
O Oliveira
S.P
E.C


                                                                                                                                              
                                                                                                                                                  a 13/04/16

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